No dia 8 de março, comemora-se o Dia Internacional da Mulher. Será questionável para muitos a necessidade de ainda hoje, no século XXI, se celebrar este dia, no entanto, ele é cheio de significado se relembrarmos que a luta pelos direitos das mulheres tem sido difícil e lenta.
Embora o avanço seja uma realidade e a mulher tenha, nas últimas décadas, conquistado muitos direitos, ainda se está longe de alcançar a igualdade real entre homens e mulheres. Basta olharmos para os números e constatamos que, em Portugal, ainda que a lei consagre a igualdade entre os géneros, essa igualdade não é efetiva em muitos quadrantes da sociedade, sendo a questão salarial exemplo disso. Olhemos também para os números da violência física e sexual. Os números são preocupantes. Em 2020 foram mortas 30 mulheres em Portugal. Desde 2004 já foram assassinadas 564 mulheres.
Será questionável, então, a necessidade de ainda hoje, no século XXI, se celebrar este dia? Não, não poderá ser questionável. Não poderá ser questionável a necessidade de chamar a atenção para a desvalorização a que as mulheres ainda são sujeitas.
Não poderá ser questionável desejar um futuro igualitário e um mundo mais justo.
Equipa da Bibliorodo em articulação com a Equipa de Cidadania e Desenvolvimento.