“Muros de Abril que Falam”
Ao longo da semana de 23 a 26 de abril, no âmbito do projeto “A Comemorar também se Aprende”, a Bibliorodo tem patente uma exposição “Muros de Abril que Falam” cujo objetivo é recordar uma época de grande importância na nossa história, a Revolução dos cravos.
No dia 25 de abril passam 45 anos sobre esse grande acontecimento que, ao contrário de outras revoluções ocorridas noutros países, foi “pacífica”. No entanto, o que muitos desconhecem, é que houve mortes nesse dia, quatro mais especificamente, quatro homens que, como tantos outros se dirigiram para a sede da PIDE, sem medo daquilo que poderia acontecer. A polícia política, vendo-se cercada pela população desatou a disparar, ora para o ar, ora para o povo, tendo ferido várias pessoas e matado quatro pessoas cujo nome ninguém recorda, mas que podem ser considerados heróis de abril. Estes homens eram Fernando Luís Barreiro dos Reis, Fernando Carvalho Gesteiro, João Guilherme Aguiar Arruda e José James Hartley Bernetto.
Ainda que seja de lamentar a morte de alguém, é importante referir que a imagem que mais surge à memória dos portugueses quando se fala do 25 de abril é a dos cravos distribuídos pela população e colocados na ponta das espingardas dos militares.
Apesar da instabilidade política que sucedeu à Revolução de abril, esta foi a porta para a democracia e para a liberdade.
A propósito deste dia, escreveu Sophia de Mello Breyner:
25 de abril
Esta é a madrugada que eu esperava
O dia inicial inteiro e limpo
Onde emergimos da noite e do silêncio
E livres habitamos a substância do tempo.